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domingo, 6 de abril de 2014

SIMPLES ESSENCIAL













Passou feito chuva de verão
Parecia tempo de inverno 
Mais era uma outra estação
Recitei em poucas frases

Celebrei, meu canto encontrei
Longe de ser princípe rei
Garota simples, da praia, do mar
Cabelos longos, soltos no ar 

Saia rendada, pulseira trançada
Bela natural, simples essencial
Encontro cruzado, poeta apaixonado
Coisa de estação, tempo passado

Ficou marcado, registrado 
Seu pensar me foi ensinado 
Melhor que um aprendizado
Foi mesmo ter te encontrado.

Autor: Ricardo Andrade

DENGUINHO E AÇÚCAR













Estive a esperar seu beijo
Você encostou e o rosto virou
Tão irresistível, transpira
Suor, calor acalorado

Pede, beijo enamorado...

Sua mão foi vagarosa, dengosa
Eu sei é do seu jeito, dengo
Fala mansinha, sedução
Gosto doce, mel a saborear

Passa um pouquinho, sem melar
Já é adoçada, adocicada 
Sem muito querer, precisar
Pode ficar, nesse abraçar

Autor: Ricardo Andrade

JUNTINHO












Sua beleza vem da sua pureza
Fica mais perto, jeito discreto
Sem mostrar, não me arranhe
Segure sua erupção, sem beliscar

Pode apertar, pouco, devagar
Dócil, voraz, qual alimentar?
Tanto faz, vale o que satisfaz
Me pega pra você, com seu querer

Assim vou ceder, sem me conter
Aos pouquinhos, selinhos, carinhos
Fico mansinho, quietinho,
No seu quentinho bem juntinho.

Autor: Ricardo Andrade

sábado, 5 de abril de 2014

CREME COM LICOR













Passa cerejinha, tem chantilly
Creminho branco e macio
Gostinho faz combinativo
No branquinho, vermelhinho

Acompanha, licor de cacau
Fica mais gostoso, saboroso
É mais chocolate, cremoso
Trufinha, trufado, recheado

É de colherzinha, estrelinha
Tem amendoim sem casca
Uma porçãozinha servida
Pra fazer linda noitinha.

Autor: Ricardo Andrade

A-M-O-R


Amor sublime e terno, Amor,
Que não se entende como sentimento 
Ou determinada sensação, pulsação
Com manual ou explicação,
Não se pega na mão, abstrato
Fonte inesgotável, uníssono retrato
Sem medida, sem repetição
Uno como a perfeição da Criação
Como sentir essa luz luminosa,
Que vem sem notável aparência?
Qual a sua face Grande Amor?
Onde se mostra de forma singela
Se mostra mais não aparece
A-M-O-R, quatro sílabas
Uma palavra que faz estremecer,
Ao se ouvir com sutileza
Qual a sua face Grande Amor,
Sua forma, veste ou cor?
Descrever em surreal poesia
Seria mera fantasia
Onde sua essência faz moradia?
Onde tem felicidade e alegria?
Ah...o Amor, que pouco sabemos,
Tuas águas pouco bebemos,
Uma sede que pede alimento
Sacia nesse preencher completo,
Onde vasos estejam vazios
Amor sublime e terno,
Mesmo sem na pele tocar,
Sua voz verbo falar,
Você faz sol radiar,
Você é Amor permanente,
Amor existente pra Amar.


Autor: Ricardo Andrade

MISTURA MISTURADA












Na raíz do samba,
Dos mestres compositores
É samba pra sambar
Pra tocar
Percussão forte
Da leste e da norte
Tem letra de alegria
E amor que contagia
Sorriso, da criança
Sorriso que ilumina
Ela também quer sambar 
Entra na roda devagar
Mistura misturada 
É música de fé camarada
De camisa listrada
Ele chega chegando
Chega no sapatinho
É samba do malandro
Que samba direitinho
Moça bonita, 
Chama no olhar,
Malandro tira pra dançar
Samba coladinho, 
Solta seu gingar 
No cavaco, soa melodia
Isso é samba que diz
Malandro ensina
Não empina o nariz
Deixa o samba
Pra quem é de raíz
Pra fazer o muleque feliz
Atenção na poesia, 
Não só na ginga
Samba de fé, com ousadia.

Autor: Ricardo Andrade