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quinta-feira, 18 de julho de 2013

MAGNETISMO














Nesse período o qual não encontrei
Melhores palavras para impactar
Fazer você de cada instante relembrar
Não por obrigação, mais por simples emoção

Arraste essa arca, pegue as chaves
Coloque todas as lembranças aí dentro
Preferível, você cair no esquecimento
Me permita demonstrar meu entendimento

O que tenho a dizer, não é uma novidade
Pode ser que não me entenda
Assim mesmo irei tentar explanar
Da melhor maneira poder explicar

Existe um magnetismo que me atrai
Me puxa como uma forte correnteza
Em algum lugar, onde você esteja
Devido a não saber pra onde me levar

Sinto um receio, por não saber onde parar
Por isso tento correr contra essa onda
São tentativas praticamente inúteis
Além de tudo, estou indo contra minha vontade

Nos meus momentos de avaliação,
Realizo uma auto análise no meu coração...

Ouço o som das águas, ouço o som do mar
Percebendo com uma notável e total clareza
Que a existência dessa carrenteza
Vem para que possamos nos reencontrar. 

Autor: Ricardo Andrade

quarta-feira, 17 de julho de 2013

MEU ALIMENTO














Que sejas meu alimento,
No seu colo meu alento,
Que sejas meu alimento,
Você meu complemento.

Saudade não vai embora,
Amargo que incomoda,
Vaidade da fonte toma,
Lágrima que rola chora.

O pranto eu contenho
Pois você aqui não veio
No começo de um meio
Em seu interno permeio

Amor tão distante toca, 
Passa tempo, passa hora,
No instante do agora,
Vontade de te ver aflora.

Autor: Ricardo Andrade

terça-feira, 16 de julho de 2013

RARA PRECIOSIDADE















Raramente posso me abrir pra você
E confessar mentiras que se propagaram
Se você prefere acreditar desse jeito
O que eu posso fazer e a você dizer?
Custaria muito caro para nos entender?

Já bastam todas nossas intrigas
Me sinto cansado e farto de brigas
Ás vezes me vem uma leve impressão
De que nossas discussões tem importância
Como se fizesse algum sentindo
Ficar perdendo tempo sem retorno

Vamos reatar, estou bem na sua frente
A minha preferência é que olhe diretamente
Sem articulações ou frases prontas
Autorize o seu coração, deixe ele falar
Aí dentro eu sei que mora sua cobiça

De todas as minhas tenras passagens
A sua foi a mais exuberante e prolongada
Sem uma explicação plausível de sua parte
Só abre a boca para me difamar
Com o mesmo sistema para me julgar

Não sabe por quais montes eu escalei
E quantas oportunidades abandonei
Ouros e pratas até mesmo larguei
Fiquei despido diante da sua ingratidão
Recombinando ações no meu coração

Desperdícios, então mantenha o linguajar
Seguir uma mesma direção seria um erro
Faça do seu silêncio alguns segundos
Você me trouxe toda essa exaustão
Parecia ser proposital com tanta exatidão

Me projetei em torno de um mundo
Só para ver onde eu poderia encontrar
No meio de milhares por milhas percorridas

Quando a vi estava quebrada, estarrecida
Encontrei e foi muito mais além do esperado
Coberturas de porcelana não me interessavam

O que interessava era o que se fazia por dentro

Você, não na sua aparência exteriorizada
Desvendava no seu centro, o que eu idealizava.

Autor: Ricardo Andrade

RELUTÂNCIA
















Faço de tudo para me empenhar
E não preciso que você saiba
Não há necessidade de esperar
Marcas do que se passou
Preferi deixar aqui dentro
No intuito de não te ferir
Sei que não sou o seu sonho
Mais serei uma parte dele
Com insistência completá-lo
Te mostrar o meu sacrário
O que eu tenho para oferecer
É o meu Sol para te aquecer
Quando precisar na noite esfriar
Inverti a tortura para a paz
Nessa ventania agitada que se faz
Ela teima em continuar a desafiar
De modo inativo e supérfluo
Por Amor combates desnecessáros
Um Amor que alimenta, sustenta
A ponte para continuar em você
Não é como qualquer amor
Onde tanto se vê como troca de favor
É o nosso Amor, resistente pleno
Em algum local celestial e perfeito.

Autor: Ricardo Andrade

segunda-feira, 15 de julho de 2013

TRATADO SALIENTE













Inicialmente eu tomava a frente
Não era tão preciso ficar pensando
Sua audição ainda me dava atenção
Realizamos um trato para não ceder

Mesmo que as situações mudassem
Ficaríamos como sempre ficamos
Acho que alguma coisa aconteceu
Enquanto caminhava por essa estrada

Pode me dizer o que deu errado?
Chegue mais perto se puder falar
Está parecendo que somos estranhos
Como se não nos conhecêssemos

Você está querendo algo a mais?
Posso ir embora a qualquer momento
E tenho a certeza que se eu for
Seus murmúrios se farão pelo quintal

Desejando que eu poderia ter ficado 
Lamentos serão diários e noturnos
Por uma estreita esternidade
Na sua consciência vai se lembrar

De cada palavra mal intencionada
Pode achar que o tempo pode ajudar
Mais não vai esquecer de tudo
As lembranças permanecerão
Nas profundezas do seu inconsciente

Eu sempre mantive a minha palavra
Ainda te amando, nada me parava
Esse termo afirmo com veemência 
O que fez foi uma súbita indecência.

Autor: Ricardo Andrade

DIÁFANO













Atravesso o reflexo de supostas oposições
Elegido à minha superação, me refugio nessa fortaleza
Não há como omitir determinadas sugestões
Em ocilações desvalidas sublimando minha destreza

Piso neste santuário sufocando toda resistência
Sinto o silêncio predominar neste vazio absoluto
Um solo sagrado revestido por grande nobreza
Enaltecido me conforto neste plano resoluto

- Porque questionas minha mente em perturbações
deturpadas?

- Não finjas estar ao meu lado, não aceito sua oferta!

Os rastros empoeirados reduzidos à cinzas foram 
valiosas lembranças seladas em raras cristalinas.

- Arrancastes o mais belo do meu coração!

- Você me pertence, faço parte do que és!

- Eu não quero acreditar nesse verbo, maldição!


Vou me transfigurar dessa miração inexistente
Na liberdade para voar e alcançar o ápice
Atrás de portões pesados e enferrujados  
Veio a renúncia de primórdios do passado

Escuridão do temporal adverte: guerra!
Não posso abrir meus olhos desconfiado
Preciso de um arsenal para domar a fera
Quantos se encontrarão ao meu lado?

Existirá sempre a oportunidade de opção
Ao expoente indicador brilhará para sempre
Nas extremidades do Caminho perpetuar a razão
Ocultando o véu translúcido incoerente.

Autor: Ricardo Andrade