Em um santuário diante da Luz
De joelhos eu fazia minha prece
Minhas costas curvadas e cansadas
Dias que foram escuros como noites
Eu orava com fervor com todo Amor
E você perdida nas contendas da luxúria...
Anjos desciam como podiam
De acordo com o permitido
Asas atrás de mim se estendiam
Nelas eu fazia meu esconderijo, meu refúgio
Buscava permanecer sempre vigilante
E sua alma cada vez mais distante
Quando o tom acinzentado se fazia
Aquela dor mais forte parecia
No conflito eu ainda te descobria
Pelo pouco que de você sabia
Uma era de sacrifícios extensos
Sentinelas me prestavam suporte
Nas batalhas e combates mais árduos
Em campo aberto sem cobertura
Pelo portões de aço passei ferido
Com pouca água para me manter
Havia pouco ouro e algumas pratas
Minha obrigação como soldado era seguir
Os deuses me concediam o necessário
Reconheciam o verdadeiro sentimento
Sem trocas desfavoráveis ou custos
O Amor é sempre reconhececido
Quando não se mistura à gastos tecidos.
Autor: Ricardo Andrade
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